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Virgulino em cores

A expoxição "Cangaço" do artista Azol estará durante todo o mês de novembro no Solar Bela Vista.O tema central de Azol em sua pinturas é o Cangaço, nome dado a uma forma de "banditismo social" com presença no sertão nordestino brasileiro no final do século 19 e a primeira metade do século 20.Os cangaceiros eram nomeades e vagavam pelo sertão em busca de dinheiro, comida, armas e vingança, impondo suas próprias regras e estilos de vida.Buscavam liberdade a qualquer custo.

A literatura registra a presença de cangaceiros no nordeste desde o século 16, mas só obteve notoriedade quando seu mais célebre, emblemático e icônico personagem surgiu na história para deixar sua marca.Virgulino Ferreira da Silva,o Lampião, era um assasino cruel e impiedoso que aterrorizava o sertão com seu bando,ora visto como a reencarnação do demônio, ora considerado um herói, um Robin Hood do sertão.

As composições vibrantes e alucinógenas do artista expressam um desligamento de concreto, uma negação da realidade que se caracteriza pela já mencionada distorção das imagens, da fragmentação das figuras e o uso de cores vibrantes, típicas do sobrenatural.Azol começou a sua relação com as artes muito cedo.Na infância e adolescência ele desenvolveu uma grande obsessão pelo cinema.Em 1992 obteve diploma de bacharel em Cinema e Design Gráfico/Ilustração nos Estados Unidos pela Universidade Miami.

"Elementos da vestimenta do cangaço, referências do sertão, da fauna, flora e da cultura popular nordestina são bastante exploradas.O resultado visual é bastante folclórico e alegre, uma incoerência considerando a natureza do tema. Porém, essa condição se assemelha ao do próprio personagem que também vivia um paradoxo, pois ao mesmo tempo em que degolava impiedosamente uma pessoa, Lampião era capaz de retornar ao acampamento para desenhar e costurar suas roupas e acessórios" (Azol).

"Lampião volta ávido por aquilo que também sobrou,isso é, a memória festiva de seus bordados e o seu reino em festa.A luminosidade vem da meia lua entre os gravetos azuis da terra seca.Entretanto seu coração (o de Virgulino) se supõe possuir a dor de todas as terras que banhou de sangue, na lingua aguçada dos estopins.Virgulino voltou pelas cores de Azol" (Angela Almeida, curadora da exposição "Cangaço")


Texto: Divulgação (Angela Almeida), editado.

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